Os altos e baixos do Transtorno Bipolar
- karinasantosdemelo
- 28 de abr.
- 2 min de leitura

Transtorno Bipolar : Uma Perspectiva da Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC).
Na Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC), o transtorno bipolar pode ser entendido como um “oceano em constante movimento”, onde aprendemos navegar entre as ondas dos pensamentos, emoções e comportamentos. Assim como um marinheiro precisa entender as marés para não naufragar, a TCC nos ensina identificar padrões e desenvolver estratégias para enfrentar as tempestades emocionais.
Viver com transtorno bipolar é como estar à mercê do mar – um eterno vai e vem de ondas que alternam entre a calmaria serena e a fúria das tempestades. Assim como o oceano, o humor de quem tem essa condição oscila entre dois extremos: a euforia transbordante da mania e o vazio profundo da depressão.
Na fase maníaca do transtorno bipolar, a “euforia transbordante” parece maravilhosa à primeira vista – como um mar cheio de ondas altas e energia infinita. Mas, assim como uma tempestade no oceano, ela traz riscos ocultos. O mar está revolto, com ondas gigantes que empurram a pessoa para uma energia incontrolável. É como surfar em uma crista alta, cheia de ideias brilhantes e planos ambiciosos, mas com o risco de perder o equilíbrio e se afogar em decisões impulsivas.
Os 3 Perigos da Maré Maníaca:
1. Pensamentos Acelerados: Ondas que Quebram Sem Controle.
- A mente vira um "cardume de peixes hiperativos", as ideias saltando em todas as direções.
Na TCC, chamamos isso de "fuga de ideias" - como tentar pescar com as mãos em águas turbulentas.
2. Autoestima Inflada, a ilusão de ser Poseidon. A pessoa acredita que "domina o mar" (grandiosidade).
- Toma decisões perigosas (gastos excessivos, investimentos absurdos) como um marinheiro que jura que pode navegar um tsunami .
3. Falta de Percepção de Risco, assim como a Dory nadando feliz perto de águas-vivas venenosas!
O indivíduo não vê os perigos do excesso (no sexo, velocidade, álcool).
Já na fase depressiva, o mar se torna liso e escuro, quase sem vida. A areia da praia, antes fofa e quente, agora está úmida e pesada, grudando nos pés como a lentidão e o desânimo. Cada passo parece difícil, como se o corpo estivesse preso em águas profundas e sem ar.
O transtorno bipolar é caracterizado por oscilações extremas entre mania/hipomania e depressão, e os neurotransmissores, serotonina (5-HT) e noradrenalina (NA) desempenham papéis críticos nessa desregulação. Seu desequilíbrio contribui para os sintomas e seu controle é essencial no tratamento.
Dory, a peixinha esquecida de Procurando Nemo, Seu humor flutuante e sua memória falha lembram a instabilidade do transtorno bipolar: um momento ela está cantando feliz, no outro, perdida e confusa. Mas, assim como ela encontrou seu caminho com a ajuda de amigos, pessoas com bipolaridade também podem aprender a navegar nas suas emoções com , apoio e autoconhecimento.
Encontrando o Equilíbrio:
O Transtorno Bipolar não define uma pessoa, assim como o mar não é apenas tempestade ou calmaria: – ele entra na estabilidade. Com Psicoterapia Cognitivo Comportamental, medicamentos e uma rede de apoio (como um farol guiando navios), é possível aprender a reconhecer as marés emocionais e encontrar um porto seguro dentro de si mesmo.