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A Resistência na Psicoterapia

  • karinasantosdemelo
  • 1 de jun. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 6 de out. de 2024

Psicóloga Karina Melo



A resistência é entendida como a ação ou capacidade de suportar, tolerar ou se opor.

No entanto, sua definição está sujeita à disciplina em que é aplicada. Aqui quero  abordar a resistência no sentido de  opor-se no que tange falar no atendimento psicoterápico.  A resistência é um conceito fundamental. Ela se refere às reações do paciente que criam obstáculos ao progresso terapêutico.

Resistência é um processo humano que acontece quando a pessoa se encontra sob algum tipo de ameaça. Ocorre na terapia não como uma oposição a si mesmo ou ao terapeuta, mas como uma forma de se ajustar a uma nova situação.

A resistência na psicoterapia é um fenômeno comum, onde o paciente pode  se sabotar no processo terapêutico. Existem vários tipos de resistência, como a resistência de repressão, onde o paciente produz obstáculos frente a percepções no que causam sofrimento, e a resistência de transferência, que se manifesta na relação com o terapeuta, ou referente a sua patologia. Reconhecer a resistência envolve a observação de comportamentos, como silêncio excessivo, discussões mínimas ou foco em sintomas sem avançar para questões mais profundas. A psicologia positiva, por sua vez, concentra-se nos pontos fortes e potencialidades do indivíduo, promovendo o bem-estar e o desenvolvimento humano. Ela pode ajudar na resistência ao encorajar o paciente a reconhecer e utilizar seus recursos internos para superar obstáculos terapêuticos. Para pacientes resistentes à terapia cognitiva comportamental, técnicas como a psicoeducação, que aumenta a compreensão sobre o transtorno e o tratamento, e a reestruturação cognitiva, que visa modificar pensamentos disfuncionais, podem ser eficazes.

O setting terapêutico, que inclui o ambiente físico e psicológico da terapia, é projetado para ser um espaço seguro onde o paciente pode explorar esses sentimentos e pensamentos com o apoio do terapeuta. A construção de um vínculo terapêutico forte é essencial para superar a resistência e promover a mudança. O terapeuta deve adotar uma postura acolhedora, evitando julgamentos e respeitando o tempo e os modos de expressão do paciente, seja verbal ou não verbal. Além disso, é importante que o terapeuta esteja em sintonia com o paciente, compartilhando de sua angústia e história, para facilitar um processo terapêutico eficaz. A compreensão e o manejo da resistência são essenciais. A psicologia positiva, um campo que se concentra no florescimento humano e no bem-estar, foi influenciada por muitos pensadores, incluindo Martin Seligman, frequentemente referido como o pai da psicologia positiva. Ele destaca a importância de reconhecer a resistência em terapia, entendendo-a como uma força vital que pode tanto desafiar quanto facilitar o processo terapêutico. A resistência não é apenas um obstáculo; é também uma oportunidade para o paciente ganhar autoconsciência e crescer através do processo terapêutico.




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